Uma pesquisa do Datafolha, realizada no último mês de agosto, revelou que pouco mais de quatro em cada dez brasileiros tiveram sintomas de ansiedade ou depressão desde o início da pandemia. O levantamento contou com a participação de 2055 pessoas em 129 municípios de todas as regiões do país.
Os mais afetados foram as mulheres (53%) e jovens entre 16 e 24 anos (56%). Além disso, 46% afirmaram que algum familiar ou amigos próximos tiveram depressão durante a pandemia de Covid-19.
Segundo a psiquiatra Letícia Macedo, formada em medicina pela Universidade de Alfenas (MG) e ex-diretora do hospital psiquiátrico Casa de Saúde São João de Deus, localizado em São Paulo, o afastamento das pessoas de seus cotidianos, mudanças de hábitos diários e perdas de entes queridos contribuíram para manifestações de ansiedade ou depressão. “As pessoas tiveram que lidar constantemente com incertezas, isolamento social, aumento do desemprego no país, medo de contrair a doença, além de lutos e perdas significativas em suas vidas. Esse tipo de sofrimento prolongado pode gerar ansiedade, depressão e insônia, mesmo em quem não apresentava qualquer tendência prévia”, explica a médica que voltará a atender presencialmente os pacientes de Ouro Fino e região a partir desta sexta-feira, dia 22 de outubro, no Centro Médico Ouro Fino, na Av. Cyro Gonçalves, 480. As consultas podem ser agendadas através dos telefones (35) 3441.1115 / (35) 99907.1115.
Outra conclusão da pesquisa realizada foi a de que a conscientização dos brasileiros sobre a depressão não é suficiente. Um em cada dez entrevistados afirmou que não soube agir diante de um conhecido deprimido. A pesquisa indicou também que, entre aqueles que aram por ansiedade ou depressão durante a pandemia, 14% não tinha ninguém para dar e. “O primeiro o para enfrentar essas situações é reconhecer a necessidade de ajuda e procurar um profissional. Além disso, as pessoas precisam ficar atentas às alterações comportamentais dos familiares e amigos e indicar a ida ao médico”, reforça a Dra. Letícia, que ao longo dos mais de 15 anos de experiência em psiquiatria acumula agens por diversas clínicas, hospitais, serviços de urgência e emergência, internações psiquiátricas, atendimentos em Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), serviços ambulatoriais, além de consultório particular na capital paulista.
“Poder voltar a atender em Ouro Fino, cidade onde fui criada e onde vivem meus pais e amigos, é motivo de muita satisfação. Voltar para cuidar da saúde mental da população nesse momento tão crítico será ainda mais gratificante. Estamos vivendo um momento delicado e as pessoas, cada vez mais, precisam deixar o preconceito de lado para buscarem ajuda”, alerta.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 300 milhões de pessoas sofrem de depressão e 260 milhões vivem com transtornos de ansiedade em todo o mundo.
O Brasil, aliás, é considerado pela OMS o país mais ansioso do mundo, com 18,6 milhões de pessoas convivendo com o transtorno. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam para 16,3 milhões de pessoas no país sofrendo de depressão.
“Depois de quase dois anos, só temos uma certeza: precisamos continuar nos protegendo, usar máscara, manter o distanciamento social e, mais do que nunca, cuidar da saúde mental”, finaliza a psiquiatra Letícia Macedo.
SERVIÇO:
Dra. Letícia Macedo – Médica Psiquiatra
Atendimento: Centro Médico Ouro Fino
Endereço: Av. Cyro Gonçalves, 480, Ouro Fino – MG
Telefones: (35) 3441.1115 / (35) 99907.1115
Valor: Sob consulta